terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nossa humanidade...

...exige que busquemos a presença de Deus nas coisas "palpáveis"; nos cheiros, nos sabores, no toque... Diante de tantos apelos concretos (mas ilusórios) que o mundo oferece, é, muitas vezes, bastante difícil reconhecermos e nos encontrarmos com o Deus adimensional, atemporal e invisível. Peçamos a Ele, que (verdadeiramente) nos escuta, a graça de nos sentirmos envolvidos por Ele e de experimentarmos o Seu amor sob as mais diversas formas; assim como Santo Agostinho, percebamos que "Ele sempre esteve (e está) conosco!"

# SONETO DOS SENTIDOS
Não mais te buscam meus olhares tristes;
Não mais deseja te alcançar meu tato.
Do coração o olhar sabe que existes,
Com as mãos sinto o concreto no abstrato.

Não mais preciso em meu ouvido o som;
Não mais o olfato anseia respirar-Te.
Posso escutar do Teu silêncio o tom,
No ar puro e sem odor experimentar-Te.

Não mais ao longe aspiro Te encontrar;
Não mais me aflige o medo, a incerteza;
Não mais me entrego às ilusões fugazes.

São meus desejos mudos, mas capazes
De abrir os lábios plenos de pureza
E a perfeição que é Tua contemplar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tua mensagem de hoje me fez lembrar uma música, que diz:

"Deus quer falar comigo
em coisas tão pequenas,
nas coisas simples.

E eu quero ouvir Sua voz...
Preciso estar atento a todo movimento
do Céu em direção a mim.

Fala Senhor, preciso ouvir sua voz,
Eis aqui o Teu servo...
Fala no irmão, na Palavra, Senhor,
e no meu coração."

Isso do "impalpável" é mesmo uma das grandes dificuldades que nós "humanos" enfrentamos ao vivenciar nossa fé, mas acredito que, quando se chega "ao ponto" de sentir Deus em todas as coisas, nas coisas simples, nossa vida fica bem mais "divina".

Cheiro pra tu, amigo.